Cortes nos tratamentos do cancro e da sida? O Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida defende que o Ministério da Saúde deve limitar o acesso a medicamentos mais caros para o tratamento do cancro e da sida. Manuel Oliveira da Silva, vulgo Hitler que acredita na limpeza étnico-sanitária da população, que preside ao órgão consultivo, afirma que isto"não só é legítimo como, mais do que isso, desejável". Não se fica por aqui, esta cabeça pensante que me enoja. "Vivemos numa sociedade em que, independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos de cuidados de saúde, todos terem acesso a tudo", acrescenta, crente de que tal - essas doenças de gente pobre, menos informada e classe baixa - nunca lhe irá acontecer. É neste exacto momento que desce em mim o taxista da minha amiga, para fazer aquilo que durante anos de catequese e instrução religiosa me ensinaram que não se faz: para lhe desejar todos os cancros do mundo e mais alguns. A ele apenas, que a minha maldade não chega para os que lhe são próximos mas não têm culpa de o ser. Fala ele em desperdício e ineficiência. Por mim, começava a limpar em cérebros como o dele.
7 comentários:
Isto ultrapassa os limites da decência, da sem-vergonhice, da insanidade mental e da defesa do indefensável de tudo o que legitima a existência deste regime que nos governa. É mais um tristíssimo exemplo do que querem fazer com os cuidados de saúde neste país, privatizar tudo e encher os bolsos aos do costume. Cada vez mais se percebe que não passam de joguetes estes tipos.
Não há palavras.
Não poderia estar mais de acordo. É triste, nós portugueses, chegarmos a ter nojo como dizes no titulo ou vergonha do nosso próprio pais. É ridiculo vermos estes cortes em sectores que são os mais importantes. Não se vê mesmo melhoras neste país!
Estou a seguir-te. Segue-me também http://danger-of-high-heels-09.blogspot.com. Continua com o bom trabalho :)
Kiss
Obrigada Danger.Of.High.Heels. Vou lá espreitar :)
Nojo do país? Emigra, caso não consigas discernir a diferença entre uma Pátria e as pessoas que em dado momento da História a constituem.
Desculpa o tom, mas caiu-me mal o título do teu post.
E não me pareces apreciadora de paninhos quentes.
Não sou, shark. Pelo contrário. O título foi escrito a quente e emigrar não faz parte dos meus planos, embora continue a lamentar notícias como estas.
Consigo entender isso da escrita a quente e concordo que o país que nos serve não é este capaz de expor as pessoas a estas traições (chamando os bois pelos nomes, é disso que se trata).
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