terça-feira, julho 31, 2012

Liberdade condicional #1

O Estado acredita que, por obrigar as pessoas a apresentarem-se em determinado sítio, em data pré-acordada, impede que os desempregados tenham o chamado "emprego por fora". Santa ingenuidade.

11 comentários:

apessoa disse...

E dá-lhes o aviso com semana e meia de antecedência. Alguns têm tempo de pedir ao ''patrão'' esse tempo ou encontrar quem os substitua nesse dia, é uma pena que as coisas aconteçam assim, mas é o que temos.

Por acaso hoje também me revoltou uma situação que vi/assisti na hora do almoço e estava a escrever um post sobre isso. Enfim

João Martins disse...

É dificil fiscalizar estas coisas sem invadir a privacidade das pessoas. Foi a forma que encontraram mas, sinseramente, não consigo pensar em forma melhor além dessa ou de "obrigar" a trabalhar para a comunidade (isto sem invadir a privacidade).

Mas é giro ver pessoas a ganhar por dois lados, subsidio e trabalho por fora (seja subsidio de desemprego ou o social) e depois falar mal dos politicos que ganham reforma e salario de politico.. Viva a Coerência..viva a liberdade!

Vanita disse...

Não concordo com essa teoria de se "obrigar" as pessoas a fazer trabalho comunitário. Se existe trabalho, criem-se empregos, que é disso que os desempregados - como eu! - precisam!

Unknown disse...

E como tem que haver apresentações dessas e pode haver chamadas a qualquer momento não é permitido que um desempregado frequente um curso de formação que não seja pago pelo centro de emprego... Ou seja, quem se quer valorizar não o pode fazer "legalmente". deve ficar sentadinho à espera de uma carta que raramente chega!
Santa paciência
(Boa sorte.)

Vanita disse...

Estás a gozar, Patrícia? Dessa não sabia...

João Martins disse...

Vanita, há empregos não oficiais que, até pelas habilitações dos desempregados, nunca poderiam concorrer sequer (habilitações amais).. como trabalhar/ajudar numa casa do povo, limpar matas (este acho um bom trabalho para reclusos .. ), ajudar em lares ou escolas, voluntariado na area do turismo (informações por exemplo), sei lá.. coisas que seriam feitas por voluntários ou por gente com habilitações menores.

Claro que se existe trabalho então cria-se o emprego mas há um problema neste momento.. se ganhas 1000 de subsidio e o emprego é de 600, podes recusar o emprego. Agora vai existir uma nova medida que vai dar a diferença mas essa ainda não entrou em vigor (acho eu).

Vanita disse...

A única coisa que me chateia nessa tua teoria é partir do princípio que o desempregado é um desocupado quando, na realidade, se trata de alguém que, por infelicidade do destino, foi apanhado numa situação menos confortável. E acredita, ninguém gosta de estar desempregado. Mas também não é justo que seja tratado como "encostado". O subsídio de desemprego é um direito adquirido e, acredita, há muita gente a trabalhar que nunca fez metade dos descontos que são necessários para isso. Portanto, exige-se respeito pelas pessoas honestas e trabalhadoras que dariam tudo para sair desta situação.

João Martins disse...

Vanita, concordo contigo. Há pessoas que foram para o desemprego devido a uma infelicidade do destino mas existem Muitas mais, e são muitas mais, que vivem ás custas dos subsidios (quem vive com o subsidio social também é desempregado) que não querem trabalhar ou melhor, que não querem largar a 'boa vida'
nestas medias paga o justo pelo pecador mas hoje em dia temos muitos pecadores a viver às custas do estado e é isso que está a afundar o sistema. Fossem todos trabalhadores, que procuram emprego activamente, que desejam trabalahr e dariam tudo apra isso..o problema é que não é assim

Um exemplo, conehoço familias que vivem ás custas do estado, andam que nem porcos pelas ruas mas fazem feiras para ganhar "por fora".. mas vao á segurança social fazer barulho mal lhes cortem os subsidios... Esses afundam o sistema e são mais do que se pensa, diria até que sao mais de 40% dos desempregados... Povo que não quer largar os subsidios.

Vanita disse...

Isso era verdade até há seis meses para cá. Entretanto, este flagelo atingiu muito mais profissionais do que se poderia prever. Há muito bons trabalhadores na rua, a precisar de encontrar um emprego para continuar a fazer o que sempre fizeram, de forma dedicada e empenhada. E é imperativo que estas pessoas tenham uma oportunidade e que sejam recolocadas no mercado de trabalho, até para proveito do País.

João Martins disse...

Pois, problema é que é o desemprego a subir e o numero de empresas a descer. Uma coisa é certa, no campo das empresas, está-se a separar o trigo do joio, pois muitas foram criadas às três pancadas sem sustentabilidade nenhuma.

Quanto ao emprego, pessoalmente, acho que a resposta não está tanto cá mas lá fora também. Ficar perto de casa era antes..agora temos de pensar, pelo menos, a nivel europeu. É uma alternativa que estou sériamente a pensar.

Unknown disse...

Vanita, sim é verdade. Por causa das apresentações quinzenais não ia dar para participar numa formação (qua ainda por cima era caríssima). Na junta disseram-nos que não podiam fazer nada e que oficialmente ele não estava autorizado a participar. Mas como num dos dias da semana a junta de freguesia está aberta até às 21h a coisa resolveu-se. Não oficialmente o que é uma etupidez muito grande. E cartas registadas que chegam num dia com exigência de apresentação para o dia seguinte de manha? bonito, excepto se não se estiver em casa e só se conseguir ir aos correios no dia seguinte. Também aconteceu. Enfim, o habitual.

E só mais um comentário: há gente que não quer trabalhar? há, sempre houve e espantem-se: há gente a trabalhar que não faz nenhum.... Mas a maioria dos desempregados quer efectivamente trabalhar. Infelizmente neste país há um enorme preconceito para com quem recebe o subsidio de desemprego. O que é um bocado estúpido porque todos nós descontamos para ter o direito de receber o tal subsídio.