sexta-feira, janeiro 20, 2012

Sobre o SOPA e o PIPA

Sem conhecimento aprofundado de causa, ocorre apenas a comparação com o tabaco. Começou por ser livremente comercializado, sinal de status social e sem qualquer limite à sua utilização. Actores e atrizes de Hollywood fumavam-no à vontade nalguns dos maiores clássicos de sempre do cinema. Depois estendeu-se às famílias e ao povo. Nos anos 70 era vulgar que pais e filhos puxassem do maço de tabaco à mesa, dentro de casa, sem censura nem recriminação. Até no quarto se fumava. Era chique, era bem, era um prazer, os seus malefícios ainda não eram conhecidos e não estava legislado. Da mesma forma, a Internet livre e sem limites, tal como a conhecemos, vai deixar de existir. Quando? É apenas uma questão de tempo, até que todo este consumo de informação gratuita que aglutina empregos e direitos se torne intolerável. A indústria da música está pelas horas da morte, o cinema vai-se aguentando e os jornais não podem continuar a fornecer conteúdos a custo zero. Tudo isto tem um preço, sempre teve. Há mão-de-obra que tem de ser alimentada para que continuem a existir as músicas que se partilham no Facebook, os livros que são citados ipsis verbis nos blogues ou aquela notícia de última hora que é reencaminhada no Twitter. Como e em que moldes esta mudança se vai operar? Se soubesse uma das respostas seria o Mark Zuckerberg do futuro.

1 comentário:

Rui disse...

Não tem comparação possível. Eu chego aqui, não gosto de ti, vejo que estás a usar uma imagem no topo do teu blog que provavelmente não pagaste direitos por ela, ou até mesmo uma imagem de um post de fizeste em 2010, faço uma denúncia, e fecham-te o blog no próprio dia. Muito provavelmente, ficas até banida do Blogger. E tudo isto sem qualquer defesa tua. Claro que eu não sou uma grande corporação ou uma SPA, mas também não precisas de ter alguma coisa que não tenhas o Copyright para veres o teu espaço fechado.

E não acredites em tudo o que lês, nomeadamente, o choramingado de alguns. As industrias mais pirateadas são curiosamente as que mais lucros e crescimento têm. A parte do crescimento talvez não se aplique tanto à indústria discográfica, porque são todos um bando de retardados, que vivem ainda nos anos 80. Mas mesmo assim, também não os vejo a passar fome.