sexta-feira, agosto 14, 2009

32 anos

Ela era uma menina, tinha 17 anos. Ele um homem feito, já com 24 anos. Pouco mais tinham do que o amor que sentiam um pelo outro quando decidiram que era suficiente para dar um passo em frente. Subiram ao altar há 32 anos. Hoje têm três filhos e a casa que foram construindo aos poucos, um passo de cada vez. Eram outros tempos. A família sempre foi o pilar central e tudo o resto se conseguiu com esforço, muito trabalho e dedicação. Não imagino o quão difícil terá sido superar muitas das dificuldades com que se depararam até agora. Agora, que os 17 são 49 e os 24 se transformaram em 56. Passaram 32 anos e eu espero que venham muitos, mas mesmo muitos mais por aí. Parabéns aos meus pais. Um dia quero viver uma história como a vossa, a nossa!

4 comentários:

Poetic Girl disse...

uau, isso sim é uma vida inteira juntos... :) ainda acredito em amores assim... beijos

Cinderela disse...

Então parabéns a eles! A vocês!

entremares disse...

- Vá… vai tu primeiro…

- Eu ? Porquê? Eu sou rapariga, tu és rapaz… tu tens que ir à frente…

- Mas eu sou… cavalheiro. E além disso, sei que estão à tua espera… em primeiro lugar…

- … Hum… parece-me ver aí uma pontinha de… medo, talvez?

- Medo? Não digas disparates… Os homens não têm medo, isso é coisa de mulheres…

- Convencido… então vá, vamos os dois ao mesmo tempo…

- Ao mesmo tempo? É impossível.

- Se tu já tivesses nome, eu agora rogava-te uma praga… és rapaz… mas és um medricas… mas não faz mal, eu vou à frente…

- Faz favor… e vê se não choras muito, está bem?

- Chorar? Porque não ? Eu gosto de chorar…

- Mas eu não gosto de ver as raparigas chorar… não me sinto bem com isso…

- Não há dúvida… tu nem pareces meu irmão… e muito menos irmão gémeo…

- Sim, sim, sim… vá… vai lá, vai lá, que a mãe já está a ficar impaciente…

- Está bem… desejas-me sorte?

- Oh, irmãzinha… claro que sim… toda a sorte do mundo…. E agora, deixa-te de conversas e vê se nasces… está bem?

- Prometes que vens logo atrás de mim?

- Prometo, está descansada… vá, vai lá…


Deu-lhe um beijo na testa e empurrou-a suavemente.

Segundos depois, ouviu-a chorar.

Sorriu, aliviado. Agora chegara a sua vez.


- Pronto… chegou a hora… vamos a isto…

Vanita disse...

Que texto lindo. Gostei mesmo :)