domingo, junho 07, 2009
Qualquer dia é obrigatório?!
Fico parva com algumas preciosidades que me entram pelos ouvidos dentro! Esta foi a última. Falava-se nas eleições europeias - que têm passado à margem da actualidade, admito - quando alguém confessa ainda não se ter decidido... Não, a dúvida não era em quem votar, era mesmo em deslocar-se à mesa de voto, depositar lá o papelito. Mais uma vez, não estamos a falar de pessoas que moram a muitos quilómetros do local onde estão recenseadas. A ida às urnas implica uma deslocação ali, ao virar da esquina. Mas não sabem se lhes apetece ir. "Sei que é um dever, mas qualquer dia é obrigatório", mandam pró ar, sem aviso prévio. Uma pessoa até fica aparvalhada, sem saber bem como dizer que sim... para energúmenos que não têm capacidade para entender que o direito ao voto, mais do que o dever, mais do que uma conquista é a única forma de se manifestarem, nesse caso sim. Devia ser obrigatório. E sim, eu daria uma boa substituta para o Salazar. Na altura dessa senhora também havia uma abstenção elevada. Se calhar querem isso de volta, não?
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4 comentários:
Eu não vejo o voto como um dever. Não o é. É sim, um direito. Infelizmente, no mundo actual, sim em 2009, ainda há pessoas que não podem usufruir deste direito (em particular mulheres) de escolher quem os governa.
Abdicar disso é, no mínimo, desrespeitar as pessoas que lutaram (algumas morreram) para que nós hoje possamos escrever a cruzinha naqueles em que mais acreditamos.
Beijinho
curiosamente ouvi um colega hj dizer k bom era termos um salazar.... bom... ditadura nao me parece, e salazar chega um... tem piada é k na altura as pessoas nao gostavam.. lá ta, a conclusao é k nunca ninguem ta satisfeito e dizem sp k antigamente é k era apesar de nem terem vivido nessas épocas:p lol
De facto 63% de abstenção é muita gente despreocupada e que não sabem o que significa o 25 de Abril e tudo o que se vem conquistando desde então.. preferem ir para a praia.. é o nosso país..
Besitos*
No Brasil o voto é obrigatório.
Na índia, não é, mas são as classes mais baixas que mais correm às urnas. Percebem isso mesmo, que o voto passa por eles.
Quando os próprios responsáveis políticos, como o inergume do presidente da República, desvalorizam coisas como o 25 de Abril, enfim, faz-me pensar se a nossa geração -que é filha de Abril - ao fim, e ao cabo, cresceu mas foi na pura apatia democrática e nem se percebe que o ar que respiramos foi fruto de uma intensa luta, de tant@s que não aceitavam não poder usufruir do poder de participar.
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