quarta-feira, março 25, 2009

Primeiro a saúde

Esta é a manchete do jornal Público hoje e não podia ser mais pertinente. Fala-se em doentes oncológicos, pessoas a quem foi diagnosticado, em algum momento, um cancro e têm agora de lidar com todos os tratamentos e protocolos a que a doença obriga. Mesmo quando já foi dada como "curada". Aqui a questão levantada é de que, quando o plafond dos seguros chega ao fim, os doentes têm necessariamente de recorrer ao serviços nacionais de saúde, mudando de médico, de equipa e sendo obrigados a reajustamentos e procedimentos novos. Fala-se na dignidade dos doentes quando um hospital privado aceita iniciar um tratamento sabendo à partida que o plafond do seguro nunca será suficiente para suportar os custos. E, pergunto eu, se não seria caso de o Estado garantir exames e tratamentos a quem foi diagnosticado uma doença grave e com a qual tem de lidar para o resto da vida? Quem é que pode pagar 500 euros, ou mais, por um exame banal de despistagem, apenas para garantir que tudo continua normal, no serviço privado? Sendo que essa é a única opção viável já que a lista de espera do serviço nacional de saúde é de mais de oito meses? Ou ficamos mesmo só à espera?

2 comentários:

Cat disse...

Desafio no meu blogue! beijinho

Cat*

cs disse...

as espera já não são tão grandes na maioria dos exames, só mesmo naqueles exames que a privada se recusa ou prefere não fazer como por exemplo colonoscopias. enfim, digo eu que sou uma defensora do SNS como era antes de ser destruido