Busca interior. É este o tema de dois filmes tão distintos que se tocam apenas por coincidência, por os ter visto um depois do outro. Control relata parte da vida de Ian Curtis, o mítico vocalista dos Joy Division. Into The Wild conta a história de Christopher McCandless, um jovem recém-licenciado que parte em busca do próprio eu, longe de tudo e de todos, no Alasca. Percursos tão diferentes e tão semelhantes. A história de Ian Curtis seduz-me mais do que o Super Vagabundo, confesso. No entanto, são ambos vítimas de uma busca incessante, de quem não conhece tréguas nem consegue parar para avaliar outros pontos de vista. De quem vive intensamente e, consciente ou inconscientemente, se deixa levar sem usar o travão de emergência. Valerá a pena? Será aí que reside a felicidade? Na velocidade estonteante, na procura determinada? "Happiness only real when shared", conclui Chris, com sabedoria adquirida à custa de muito sofrimento. Ian Curtis, por seu lado, sucumbe à solicitação dessa mesma partilha. Não o consegue fazer. Nem com a mulher, nem com a namorada por quem se apaixona mas a quem não se consegue entregar. Qual deles tem razão? Nenhum...?
4 comentários:
O Into the Wild é um dos melhores filmes que vi até hoje.
E que mega banda sonora..
Também já vi os dois filmes. Identifiquei-me com ambos os personagens, mas não na totalidade. Hmm... acabei de apagar uma data de linhas que tinha escrito. Este comentário dava "pano para mangas" :P
Não devias ter apagado ;)
Não gostei do fim do Into the Wild, preferia um final feliz.
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