quinta-feira, novembro 29, 2007

Amor verdadeiro, cãezinhos e passarinhos...

Não quero chocar ninguém, nem me entendam mal por favor, mas ultimamente tenho dado por mim a aceitar - ou pelo menos a dar mais crédito - à poligamia. Calma, vou explicar-me. Dentro do possível, dado que estas novas ideias ainda não estão bem arrumadas na minha cabeça. Não falo em poligamia tal como é conhecida. Nada disso! O que se passa é que, atendendo às minhas frust... erhh experiências no campo amoroso, dei por mim a acreditar que tudo correria melhor se não houvesse a "obrigação" de fidelidade que une um casal. Obviamente que não é uma obrigação, o amor verdadeiro - vêem? já despachei uma das palavras do título! - não precisa desses subterfúgios. Acontece, é natural e nem vale a pena falar mais nisso.

A questão é que, como também já todos sabemos - ou pelo menos devíamos -, a rotina e o dia-a-dia dão cabo de tudo o que é mais bonito. Com a família é simples. Desde sempre que isso acontece, descarregamos as frustações do dia-a-dia em mãe, pai, irmão, o que for e, no momento seguinte, já nem nos lembramos. Está sempre tudo bem. Se não está, resolve-se. Infelizmente não é assim com as relações amorosas. E é esse o grande drama dos casais. Uma reacção mal-humorada conta menos um ponto para uma tabela invísivel que todos temos secretamente guardada. Pontos que raramente são retirados. Acumulam sempre. Somos tolos é o que é!
Perante esta evidência, em vez de cruzar os braços e seguir para a próxima relação que, inevitavelmente, acabará da mesma forma já que não conseguimos aprender nada na anterior, devíamos entender que parar e conversar para entender o outro lado é o mais importante. Enfim, isto obriga-me a fugir do tema que quero falar neste post.

Voltando à situação inicial. Temos um amor perfeito, a pessoa com quem queremos ficar e até já demos bastantes provas disso. É no momento em que a rotina se instala e outras pessoas nos roubam a atenção que antes era do nosso amor que entra a minha teoria. Em vez de nos assustarmos porque o colega de trabalho nos rouba mais sorrisos e atenções do que o namorad@, devíamos - como me disse hoje alguém - sermos como os cãezinhos. Qual é o mal de curtir um momento que é apenas fugaz? Sabemos bem a quem pertence o nosso coração! (Ok, esta parte é só no Mundo perfeito. Mas sim, devíamos saber!). Não é porque com o colega de trabalho a rotina ainda não quebrou a magia que o nosso coração vai mudar de dono. É aqui que entra a "poligamia". Neste mundo, tirar uma lasquinha não devia magoar ninguém. Pelo contrário, deveria ser entendido como uma forma de preservar a saúde das relações que se preza. Ou seja, consumir antes de dar espaço para sermos consumidos pela dúvida que teima em instalar-se de forma abusiva e desprovida de razão. Claro que - mais uma vez falo em mundo perfeito - isto deveria servir para os dois elementos do tal casal. Et voilá, talvez assim as relações durassem mais do que um fósforo!

Onde é que entram os passarinhos? Não entram, foi apenas uma brincadeira! Um chamariz para deixar o título mais engraçado. De qualquer forma, deixo aqui bem assente que esta minha opinião é fruto deste momento em exclusivo. Penso assim agora mas sei que não o aceitaria noutras condições. Friamente, sou livre o suficiente para pensar assim mas também eu espero o meu Príncipe Encantado, o tal que não se vai embora porque acumulei demasiados pontos numa tabela onde ficam registados a tinta permanente. O tal que não precisa de tirar lasquinhas para quebrar a rotina de estar comigo. De qualquer forma, apeteceu-me partilhar esta teoria. (já disse que isto só vale por hoje, certo?)

Adenda: Como é mais do que óbvio, mas acho melhor frisar, quando falo em colega de trabalho refiro-me a um objecto de atenção generalizado, não falo especificamente nesses casos em concreto e, seguramente, não falo em nada pessoal.

3 comentários:

Micaela Neves disse...

Foi um profundo momento de inspiração!

Anónimo disse...

toma la visionária:
http://es.youtube.com/watch?v=gIqLsGT2wbQ

loira disse...

ai ai...:s